Ou estão a actuar cegamente, seguindo dogmas que não compreendem? – Riscos de incumprimento do défice “são hoje maiores”, diz Passos Coelho. Pois, pois…
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Gaspar abre porta a derrapagem do défice este ano
A preparar um segundo plano de resgate? – É evidente que as medidas deste governo têm funcionado perfeitamente. Tenho a certeza que vão curar mais este problema com mais austeridade.
A contradição de Bruxelas
O resgate dos bancos espanhóis depende do défice, no entanto o resgate conta para o défice. Lá como cá, cumprir é impossível.
O Problema da Europa

Valores dos titulos a atingir a maturidade
O gráfico anterior ilustra as necessidades de crédito imediatas de três bombas relógio. As cimeiras europeias não fazem nada para resolver este problema. Tanto a Itália como a Espanha estão a atingir valores de financiamento que fazem com que o roll over destes bonds seja impossível de fazer. Como vai ser?
Papandreou quer referendar plano
Há poucos minutos a Bloomberg noticiou que George Papandreou, primeiro ministro grego, defende que o novo empréstimo e o default controlado de 50%, terão de ser submetidos a um referendo.
Parece que as horas extraordinárias da última Quarta poderão não ter servido para nada.
Aguardam-se desenvolvimentos.
Porque não criar um novo banco?
Os nossos bancos desde o inicio que recusam aceder ao dinheiro da ajuda externa. O motivo é simples, os senhores da banca não admitem que o estado interfira nos seus negócios e isto até é compreensível, o mestre não pede conselhos ao aprendiz. Neste momento os bancos estão a fazer render o peixe de modo a obterem o dinheiro da forma mais vantajosa possível, mantendo os políticos à distância.
Entretanto temos a economia parada à mingua de crédito:
O Estado dos Nossos Bancos
Nas palavras dos banqueiros portugueses, os bancos gozam sempre de uma saúde invejável, passam todos os testes e não necessitam de ajuda de ninguém. Só que isso são redondas mentiras. Por exemplo hoje corre o rumor que o bancos portugueses não passaram os testes de stress da Autoridade Bancária Europeia.
Mas as fraquezas dos bancos vêm de muito mais longe, devido fundamentalmente à falta de ética, à ganância e à pouca inteligência dos banqueiros portugueses, bem como à criminosa complacência do regulador. Sintomas do que estou a dizer são:
Mil Milhões para os Bancos
Os bancos já têm garantidos mil milhões até ao fim do mês. Se os políticos que temos estivessem interessados em ter uma campanha eleitoral para informar os cidadãos, então este seria seguramente um dos pontos em discussão – dadas as circunstâncias, talvez o único ponto em discussão. Em vez disso perderam-se em agitar bandeirinhas, pequenos insultos, chicanas políticas e outros jogos de crianças, tratando o cidadão eleitor como débil mental. O PS/D + PP tentou a todo o custo iludir esta questão. Afinal que interessa para umas eleições a política económica e social dos próximos anos? – Para os políticos, absolutamente nada.
Assim, porquê tanta pressa em disponibilizar o dinheiro aos bancos? – que ainda há pouco diziam estar perfeitamente capitalizados. – O motivo é simples, os bancos portugueses estão falidos, e não sou eu quem o diz, é o próprio governo. Se lerem o Memorando de Políticas Económicas e Financeiras, ontem divulgado pelo FMI, mas que já era do conhecimento público há muito tempo, poderão ler:
