Primeiro debate entre os candidatos à presidência da Comissão Europeia
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Pode descarregar o relatório aqui (PDF).
Em 2 de Março de 2007 o General Wesley Clark (reformado) deu uma entrevista ao programa “Democracy Now!”. Nesse programa descreveu a política externa dos EUA despida da retórica que a costuma acompanhar.
Toda a entrevista assenta com uma luva à situação que se está a viver na Síria.
Evidentemente existem mais dimensões a explorar na política dos EUA. Ficará para outra vez.
As ameaças dos EUA à Síria têm muito pouco a ver com os alegados ataques químicos. E muito a ver com os interesses de cada um dos actores deste drama.
As guerras são sempre selvagens. Esta guerra parece-nos ainda mais selvagem devido à proliferação de vídeos a retratar as mais variadas atrocidades. Atrocidades essas perpetradas tanto pelos rebeldes, como pelas tropas leais ao governo. Nenhum dos lados é merecedor de qualquer tipo de confiança e muito menos de apoio, isto é, se quisermos ter uma consciência tranquila.
A Síria é composta por inúmeras etnias/facções, muitas delas dispostas a lutar entre si se não houver um homem forte que as mantenha em cheque. O afastamento de Assad do poder é garantia quase absoluta que o país vai mergulhar no caos.
Tendo em conta que a mudança de regime está fora de questão, quais são os interesses de cada actor neste drama?
Em 2010 a Wikileaks pediu para copiarmos um misterioso ficheiro, encriptado, com cerca de 1.4GB de tamanho. Chamou a esse ficheiro um seguro na medida em que a chave necessária para o desencriptar seria divulgada caso alguma coisa acontecesse a Julian Assange ou à própria organização. Mais tarde a chave criptográfica acabou por ser divulgada, altura em que se obteve acesso integral ao conteúdo do arquivo.
A Wikileaks voltou a divulgar 3 ficheiros seguro de vida. Com um tamanho total de mais de 400GB. Sobre o conteúdo nem uma palavra. Se tiver o mesmo impacto que o Cablegate teve, estamos perante o inicio de uma história muito importante.
[Correcção depois do corte]
As relações entre países regem-se por interesses e influências. As nobres ideias como democracia, igualdade e a simples decência são apenas usadas quando é necessário carregar em certos botões da opinião pública. O dinheiro é o arbitro final e não admite protestos.
Tendo em conta o anterior entende-se o estado das relações Portugal/Angola.
Prisioneiros em fatos de macaco laranja aguardam numa área temporária sob o olhar atento da polícia militar no campo “Raios-X” na Base Naval de Guantánamo, em Cuba, durante o processamento para o centro de detenção temporária em 11 de janeiro de 2002. Aos detidos vai ser dado um exame físico básico por um médico, que inclui uma radiografia do tórax e recolha de amostras de sangue para avaliar a sua saúde. Foto do DoD (departamento de defesa) pelo sub-oficial de primeira classe Shane T. McCoy, da Marinha dos EUA.
Os EUA mantém prisioneiros em Guantánamo, à margem de todas as leis, sem acusação e sem julgamento homens sem qualquer esperança (muitos deles capturados ainda menores). As notícias nos media normais sobre este caso em Portugal são mínimas (ao contrário do que aconteceu quando os criminosos combinavam a guerra de agressão).
A seguir ao corte pode ler o testemunho de Samir Naji al Hasan Moqbel, preso há 11 anos em condições desumanas (traduzido do New York Times).