Os bancos vão ser sem dúvida a nossa perdição. Na ânsia irracional de tentar salvar o que está para além de qualquer possibilidade de salvamento, vamos asfixiar o país ultrapassando todos os limites. Vamos com isto matar a economia e a possibilidade de retoma nos próximos anos.
O problema é termos bancos que estão longe de ser pessoas de bem. Os negócios da esfera privada em Portugal sofrem igualmente com a corrupção generalizada. Os próprios bancos têm critérios de amiguismo e por vezes de algo mais para concederem os créditos. E, finalmente, muitos dos activos inscritos nos livros dos bancos estão avaliados de forma surreal.
O mecanismo que vai governar a nossa perdição é bem simples. Os bancos alavancam o seu capital, como contrapartida disso inscrevem nas suas contas activos sobre avaliados. Por exemplo, imaginem que querem construir um bloco de apartamentos em Lisboa, contraem um empréstimo de 100 milhões de euros e dão como garantia o terreno e os próprios apartamentos. O banco inscreve nas suas contas os 100 milhões dado que estão garantidos. Mas na prática os apartamentos não se vendem, até porque o próprio banco não empresta dinheiro (dado que já não tem crédito ele mesmo) e por isso o empréstimo não é pago. Logo o valor real dos apartamento é zero. Para não assumir estas perdas o banco vai protelar o máximo possível o assumir do problema. Mas, em todo o caso, vai ter de pagar os seus próprios empréstimos. Neste ponto entram os contribuintes, entram os orçamentos rectificativos…
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