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Os Privilegiados: o relato dos interesses, influências e benefícios da classe política
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É pena as verdades serem ditas apenas em programas humorísticos/satíricos.
Nos dias que correm toda a gente fala numa coisa a que chamam “mercados”. Ninguém se dá ao trabalho de clarificar o que vem a ser isso dos mercados e parece-me que a maior parte dos “comentaristas” que falam nos nossos media não fazem a mais pequena ideia do que estão a dizer.
Há inclusive teorias de conspiração a circular que apresentam ideias mirabolantes para tentar explicar a situação em que estamos, sem apresentarem o mínimo resquício de prova do que estão a dizer. Por exemplo acabei de ouvir na televisão (SIC Notícias), numa tentativa muito débil de explicação, os seguintes argumentos:
Andamos muito entretidos em Portugal com a aprovação do orçamento, com as medidas que o governo anuncia, com as medidas que o PSD sugere e especulamos se o FMI vem ai até ao fim do ano ou se aguentamos até ao fim do primeiro trimestre. Tudo coisas muito excitantes.
Depois do primeiro impacto de todas estas questões, começamos a tentar perceber as causas. Atiramos as culpas para o bloco central – e quando o fazemos não erramos na identificação dos responsáveis – depois culpamos os banqueiros – e é verdade que estes com a sua cega ganância não têm feito grande obra pelas pessoas que vivem no rectângulo. Toda a nossa indignação é perfeitamente justificada.
Atingimos um ponto onde é gravíssima (e insustentável) a nossa dívida externa pública de cerca de 77% do PIB (est. 2009), ou a ainda mais grave a dívida privada a parceiros não nacionais de 146% do PIB (a 30 Junho 2009), esta situação não é nova para Portugal e muito menos qualquer coisa de imprevisível.