Como chegamos aqui? Mais pontos a considerar

O que sobra - Sorrisos de Vacas

O Jorge escreveu um excelente post sobre a forma como a dívida contraída pelos governos consumiu os recursos do país não nos deixando recursos que permitissem o desenvolvimento real e sustentado.

Quero aqui acrescentar o seguinte: temos tendência em culpar de todos os males o nosso endividamento (público e também privado, este último de muito maiores proporções). Mas convém não esquecer as outras asneiras enormes que os vários governos fizeram.

Por exemplo, o processo de privatizações foi de uma forma geral mal conduzido, dando preferência à “devolução” aos antigos grupos económicos dos activos que entretanto tinham perdido, em vez de se usarem as regras de mercado para o efeito. Havia na altura a sensação de que as indemnizações dadas a quando das nacionalizações não teriam sido justas face ao valor dos activos. Assim estabeleceram-se muitas negociações entre o governo e os antigos grupos económicos tendo em vista estes últimos voltarem a tomar posse das empresas.
 

Outro problema foi a criação de autênticos sorvedouros de capital ao criar monólitos como a EDP e a PT que vivem à custa de monopólios naturais, não deixando que haja concorrência real nos respectivos mercados. Muita da força inicial destes gigantes foi feita à custa do resto da economia, absorveram recursos que poderiam ter sido usados para desenvolver o país. Ganhamos com isto uma boa quantidade de jobs e uma economia pouco competitiva.

Não esquecer o exemplo bastante conhecido do processo de destruição da nossa industria de produção de bens transaccionáveis. Destruiu-se também a agricultura e as pescas.

Todos estes processos foram iniciados pelo medíocre que agora é PR e continuados sem grandes alterações pelos governos do PS.

Imagem roubada daqui.

2 thoughts on “Como chegamos aqui? Mais pontos a considerar

  1. São, com efeito, pontos a não esquecer. Como a memória é curta, é sempre bom recordar.
    Olhando para trás, tenho muita dificuldade em identificar actos de governação que tenham, de facto, melhorado o país. E fazer estradas não chega e nem é garantido que tenha sido positivo. Pelo menos, a partir de certo número de autoestradas.

  2. Mas não temais, há esperança!
    Na próxima revolução tudo será novamente nacionalizado e estas tristes figuras serão apeadas de seus pedestais, quem sabe da mesma forma que Kadafi (que nem os ouvi repudiar, e tão amigos que eram…). Depois, logo se vê.
    Os economistas dizem que as guerras e revoluções são benéficas para a economia e diminuem o desemprego…

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